Falência do Monitor Group, empresa de consultoria do guru da competitividade, Michael Porter, deixa claro que os modelos estratégicos tradicionais já não dão conta do novo mundo.
26/11/2012 - 10h41
Guru dos negócios vai à falência e coloca em xeque modelo de "cinco forças"
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/infomoney/2012/11/26/gu...
SÃO PAULO - O Monitor Company Group, empresa de consultoria fundada em 1983 por Michael Porter, que entrou com pedido de falência no dia 8 de novembro, pode colocar em dúvida o seu modelo das “cinco forças” do especialista em negócios da Harvard Business School.
No ano passado a empresa publicou um pedido de desculpas por ter ajudado a melhorar a imagem do ex-ditador líbio Muammar Kadhafi. Em fevereiro do ano passado foi informado que o regime de Kadhafi desembolsou US$ 3 milhões por ano para melhorar a imagem internacional da Líbia em um programa que chamou de "programa de longo prazo para melhorar a compreensão internacional e valorização da Líbia."
Os ativos da empresa foram listados entre US$ 100 milhões e US$ 500 milhões cada. Em comunicado, o Monitor Group informou que seus negócios nos Estados Unidos foram adquiridos pela Deloitte Consulting LLP, enquanto outras empresas fora dos EUA serão adquiridas por outras empresas da Deloitte Touche Tohmatsu.
Porter, ficou conhecido por seu modelo das "cinco forças" e se transformou em um guru, especialista em estratégia e competitividade
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
"Uma pá de cal sobre as teorias estratégicas que apontam para competição como foco estratégico e lucros como único objetivo relevante."
Por Flávio Ferrari
O recente pedido de falência do Monitor Group, empresa de consultoria do guru da competitividade, Michael Porter, deixa claro que os modelos estratégicos tradicionais já não dão conta do novo mundo.
O modelo das 5 forças de Porter é baseado nas ameaças competitivas:
1. Rivalidade dos concorrentes
2. Poder de barganha dos clientes
3. Poder de barganha dos fornecedores
4. Produtos substitutos
5. Novos competidores
Porter recomenda que a estratégia das empresas seja construída a partir da avaliação dessas forças, com base numa análise SWOT (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças).
Não podemos ignorar a importância da avaliação do cenário competitivo.
Mas o que Porter e muitos outros consultores tradicionais propõem é a incansável busca da lucratividade através de uma estratégia baseada na antecipação de ameaças e na construção de uma posição de força.
A história demonstra que grandes impérios foram construídos dessa forma.
E essa mesma história comprova que todo grande império é cercado de inimigos que tramam sua destruição. Conquistadores são temidos, mas também temem: é o circuito do medo.
Nosso mundo vem evoluindo para um novo patamar de consciência. Essa é uma afirmação vaga e de difícil comprovação, mas que tem o valor de instigar o livre pensar.
Alguns indicadores dessa transformação são concretos e sensíveis, particularmente para os temas relacionados com direitos humanos, preservação do planeta e cidadania.
Outros são mais abstratos e revelados através de atitudes coletivas como o crescente repúdio a autoridades externas (principalmente as institucionais), o desejo de protagonizar e a ênfase no desenvolvimento pessoal.
Presenciamos a valorização do indivíduo e o reconhecimento da interdependência como caminho para uma vida melhor.
As implicações dessa nova consciência para os negócios não são poucas e nem triviais.
Uma das mais importantes, e que "explica" a falência do modelo de Porter, é a relevância da "inclusão". Não aceitamos ser excluídos com a mesma resignação de antes.
Essa atitude algo "rebelde" oferece a interessante oportunidade de revisão do caminho estratégico indicado por Porter, onde "competir" dá lugar a "colaborar".
As forças ameaçadoras, se "incluídas", podem adquirir o status de forças construtoras do negócio.
Pedi a um psicanalista, certa feita, que definisse o amor. Sua resposta foi "amor é o legítimo interesse pela felicidade do outro".
Falar de "amor" no contexto de negócios pode parecer tão estranho como falar de "medo".
Então vamos parafrasear a definição do psicanalista e ater-nos ao conceito: "o legítimo interesse pela satisfação do outro".
Esse é o conceito fundamental para os negócios no contexto da nova consciência social, capaz de construir novos "impérios" que serão sustentáveis porque serão "inclusivos", ou seja, terão como missão a satisfação (negociada) das partes interessadas.
Colaboração requer confiança e implica em compartilhamento de decisões e disposição para negociar.
Quem não estiver preparado para isso irá continuar consumindo seus recursos para construir muralhas e tentar impedir que os inimigos as derrubem.
Material compartilhado pela Professora:
Suellen Larissa Cedroni Maeda
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Glossário:
- barganha
bar.ga.nha
sf (de barganhar) 1 Permutação de coisa de pouco valor. 2 Troca. 3 Pechincha. 4Transação fraudulenta; trapaça. Var: berganha, braganha, breganha. - instigar
ins.ti.gar
(lat instigare) vtd Animar, estimular, incitar, induzir: Instigar guerreiros. Instigou-os a vencer. Instigava o povo contra o governo. Instigá-los-ia para que resistissem. - contexto
con.tex.to
(ês) sm (lat contextu) 1 Encadeamento de idéias de um escrito. 2 Argumento. 3Composição, contextura. 4 Bot Camada de células que se forma entre o himênio e o verdadeiro micélio de certos fungos. - ater
a.ter
(lat attinere) vpr 1 Aproximar-se, acostar-se, encostar-se: Ater-se ao regimento.2 Aderir-se, conformar-se: Atinha-se apenas à lembrança daquela sensação. 3Propender. 4 Fiar-se, pôr confiança em alguma coisa: Sabe a que se deve ater.conjug: como ter.
Conceito de Análise SWOT - A Análise SWOT [em que o termo SWOT é uma sigla inglesa para Forças ou Pontos Fortes (Strengths), Fraquezas ou Pontos Fracos (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats)], cuja criação é atribuída a Kenneth Andrews e Roland Christensen, dois professores da Harvard Business School, consiste num modelo de avaliação da posição competitiva de uma organização no mercado. Essa avaliação da posição competitiva é efectuada através do recurso a uma matriz de dois eixos (o eixo das variáveis internas e o eixo das variáveis externas), cada um dos quais composto por duas variáveis: pontos fortes (Strenghts) e pontos fracos (Weaknesses) da organização; oportunidades (Opportunities) e ameaças (Threats) do meio envolvente.
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